O comércio nacional e internacional cresce em ritmo acelerado, exigindo que empresas adaptem suas operações para atender prazos e controlar custos. A concorrência pressiona por entregas rápidas e a complexidade das cadeias de suprimentos aumenta. Nesse cenário, o transporte multimodal se apresenta como alternativa estratégica.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), esse modelo reúne diferentes modais de transporte sob um único contrato, coordenados por um operador responsável. A integração aérea e rodoviária é uma das combinações mais utilizadas, trazendo flexibilidade para trajetos longos e capilaridade para a última milha.
Neste artigo, vamos explicar o conceito de transporte multimodal, mostrar como funciona a integração entre avião e caminhão, destacar benefícios para as empresas e apontar os principais desafios.
O que é transporte multimodal?
O transporte multimodal é definido como o deslocamento de cargas que envolve dois ou mais modais diferentes. Essa operação é regida por um único contrato e organizada por um Operador de Transporte Multimodal (OTM), regulamentado no Brasil pela Lei nº 9.611/1998.
O OTM assume a responsabilidade pela carga do início ao fim da jornada, mesmo quando o percurso combina diferentes meios de transporte.
Na prática, em vez de negociar separadamente com transportadoras rodoviárias, companhias aéreas ou operadores de terminais, a empresa lida apenas com o OTM, que responde pela gestão completa da operação.
Como funciona o transporte multimodal aéreo e rodoviário?
Entre as várias combinações possíveis, a integração do transporte aéreo com o rodoviário é uma das mais recorrentes no Brasil. Cada modal desempenha um papel específico dentro do processo logístico.
O transporte aéreo é usado para percorrer grandes distâncias em pouco tempo, atendendo rotas de longa extensão e entregas urgentes. Já o rodoviário cobre o território nacional de forma mais capilar, levando a carga de centros de distribuição até pontos de entrega finais.
Um exemplo ajuda a visualizar: um embarque sai de Curitiba em direção a Manaus. O OTM organiza a coleta por caminhão até o aeroporto, segue de avião até a capital amazonense e, a partir daí, distribui por via rodoviária para cidades vizinhas.
Todo o processo ocorre sob um único contrato, o que traz clareza sobre responsabilidades e prazos.
Quais as vantagens do transporte multimodal para empresas?
A adoção do transporte multimodal traz benefícios que impactam diretamente o desempenho logístico e financeiro das empresas. Abaixo, destacamos três pontos centrais.
Otimização de tempo
Com a integração de modais, é possível reduzir o tempo total de entrega. O transporte aéreo acelera os trechos de longa distância, enquanto o rodoviário assegura a distribuição em diferentes regiões. Esse arranjo cria operações mais rápidas e com menos risco de atrasos.
Menos burocracia com um único contrato de transporte
Outro benefício está na simplificação documental. A empresa não precisa firmar contratos separados com diversos prestadores. O OTM concentra toda a negociação e responde pela execução completa. Essa centralização reduz falhas administrativas e libera recursos internos para outras áreas estratégicas.
Maior eficiência no gerenciamento de riscos logísticos
A gestão de riscos também ganha eficiência. Extravio, avarias ou atrasos passam a ter um responsável definido: o OTM. Com isso, a empresa tem mais clareza sobre as garantias envolvidas e evita disputas entre transportadores diferentes.
Quais os desafios e limitações do transporte multimodal?
Embora o modelo apresente ótimos benefícios, sua aplicação enfrenta obstáculos que precisam ser considerados antes da contratação. Os principais pontos de atenção estão relacionados à infraestrutura, à escolha de parceiros e ao planejamento da operação.
Necessidade de infraestrutura adequada entre modais
A eficiência do transporte multimodal depende da existência de estruturas de apoio integradas, como estradas em boas condições, pátios aeroportuários preparados e armazéns próximos aos pontos de transbordo. A ausência desses elementos gera atrasos e custos extras, prejudicando o resultado final.
Dependência de parceiros logísticos confiáveis
Mesmo com o OTM responsável pela operação, o modelo depende da qualidade dos parceiros envolvidos, como companhias aéreas, transportadoras e operadores de terminais.
Uma falha em qualquer elo compromete toda a cadeia. Por isso, a seleção de parceiros sólidos é decisiva para a continuidade do serviço.
Custos adicionais em operações mal planejadas
O transporte multimodal também pode gerar despesas extras quando não há integração eficiente entre os modais. Se a carga chega ao aeroporto e aguarda tempo excessivo até ser transferida para o caminhão, há custos de armazenagem. Um planejamento inadequado elimina os ganhos esperados e eleva o valor final da operação.
Quando optar pelo transporte multimodal?
A escolha depende do perfil da operação e dos objetivos da empresa. A seguir, veja em quais cenários essa modalidade faz mais sentido.
Operações de longo alcance com diferentes pontos de entrega
Empresas que precisam atender regiões distantes ou com múltiplos destinos encontram no transporte multimodal uma alternativa prática. Em vez de manter várias negociações e dividir a operação em contratos distintos, é possível centralizar toda a gestão em um operador.
Imagine uma indústria que envia produtos do Sul para o Norte do Brasil. O uso combinado do avião e do caminhão encurta o tempo de deslocamento e garante que a carga chegue a cidades menores no interior. Dessa forma, a empresa alcança maior cobertura geográfica sem perder previsibilidade no prazo.
Empresas que precisam equilibrar prazos curtos com custos competitivos
Há situações em que prazos são determinantes, mas os custos não podem ultrapassar os limites do orçamento logístico.
Nesse caso, o transporte multimodal equilibra a agilidade do modal aéreo com o custo mais acessível do rodoviário.
Essa estratégia é comum em datas de alto volume, como períodos promocionais no varejo. O uso do avião acelera o percurso principal, enquanto a malha rodoviária garante capilaridade. O resultado é uma operação rápida, com controle sobre gastos.
Segmentos que exigem segurança e rastreabilidade, como farmacêutico e e-commerce
Determinados setores precisam de controle rigoroso e alta confiabilidade. A indústria farmacêutica exige rastreabilidade completa de medicamentos, enquanto o e-commerce demanda agilidade e transparência na entrega.
O transporte multimodal atende a esses requisitos porque concentra a gestão em um único operador, que organiza a jornada da carga de ponta a ponta.
Para empresas que atuam nesses segmentos, o modelo agrega valor não apenas pelo prazo, mas também pela previsibilidade. O cliente acompanha cada etapa e a empresa reduz riscos de falhas na comunicação entre prestadores diferentes.
Nessa lógica, operadores logísticos como a Total Express mostram como a multimodalidade se traduz em prática.
A empresa utiliza modais de acordo com a urgência e a região, combina o aéreo para encurtar distâncias e o rodoviário para expandir a capilaridade, alcançando mais de 4.800 cidades no Brasil. Além disso, investe em tecnologia para oferecer visibilidade das entregas e apoiar decisões de negócios.
O transporte multimodal, portanto, não se limita a grandes corporações ou a pequenas empresas. Ele se adapta a diferentes portes e segmentos, sempre com foco em ampliar a eficiência logística. Com planejamento adequado e parceiros confiáveis, essa solução se torna um diferencial competitivo em mercados cada vez mais desafiadores.
Se a sua empresa busca ampliar alcance e ganhar previsibilidade nas entregas, conhecer as soluções da Total Express pode ser o próximo passo.
Como parceiro logístico, a empresa une experiência, estrutura multimodal e cobertura nacional para apoiar negócios em todas as etapas da jornada de distribuição.
Resumindo
O que é o sistema de transporte multimodal?
O transporte multimodal é definido como o deslocamento de cargas que envolve dois ou mais modais diferentes. Essa operação é regida por um único contrato e organizada por um Operador de Transporte Multimodal (OTM), regulamentado no Brasil pela Lei nº 9.611/1998.